Me aqueço em ti meu sol, me inebrio nesse sorriso bobo me enlaço nesse desejo tolo de ter por perto, de ser tua terra, tua lua, o brilho das estrelas que te inunda Me volto pra dentro e penso, penso em como ser seu contraponto mesmo que a dissonância seja parte dessa nossa melodia feita de calores e desejos toques e gracejos entre meu eu que aqui versa e teu coração, que ainda cessa Me aqueço em ti, meu sol mas sem pressa, mesmo não o adagio não sendo meu passo natural até esperar meu allegro em ti
Quem eu sou nunca terei certeza seria mentira se afirmasse que nunca fiz planos sobre mas as minhas indagações e cuidadosos planos nunca se consolidaram da forma que se esperava havia sempre curvas no caminho havia sempre um desvio, uma tênue inclinação que as vezes me conduzia a um abismo. Quem eu fui é uma questão ainda mais seca porque muito embora esteja presa ao que já foi feito e sido a visão de mim é construída alheia na mente dos que me rodeiam e que por vezes não me tem em seu coração ou verdadeiramente me atem em qualquer afeição já me deram muitas mascaras muitas caras, me falaram outras de mim que criaram assim Quem eu possa ser, é um suave mistério escrito no tempo nada ainda totalmente determinado nada ainda muito fechado só meu cerne, aquilo que guardo no meu peito e mente abraçados que verte algum bem e que a longo prazo nutre a quem serei, o que vem até lá, sigo me inebriando entre drinks e devaneios versos e galanteios sendo mais superfície rasa do que profunda expressão vazada