segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Entre o touro e o escorpião


Recentemente  uma pergunta que na minha adolescência foi muito repetida, retornou a minha mente do nada: Por que o metal? Por que esse envolvimento com shows, bandas, com a música?


Sabe aquele tipo de reflexão interior que vem num momento aleatório, sobre algo mais aleatório ainda? Pois é... mas havia um porém ali, isso era mais pessoal e íntimo do que algo como "porque as baratas sempre arrumam um jeito de me assustar" ou " se faço arroz ou macarrão para o almoço". 

Minhas conversas com meu subconsciente costumam ser bastante esquisitas... na verdade, muitas delas geraram os poemas e contos que acabei por escrever: a escrita se tornou a extensão dos meus pensamentos, como uma forma de traze-los a realidade concreta. 


Voltando a questão anterior, tudo sobre ouvir bandas de heavy metal, os visuais pesados, ficar indo de show para o outro, buscando novas músicas, novas bandas, tudo sobre isso, foi algo libertador para mim; No passado eu poderia erroneamente classificar isso como rebeldia adolescente, ou necessidade de relacionar-se com pessoas de mente mais próxima de mim, ou pelo simples fato que preto sempre foi uma cor favorita para mim e meu irmão mais velho. Agora, eu tenho uma noção exata que isso tudo não era a real força motriz por de trás do processo. 


Dentro do lar caótico em que cresci, dentro da infância ferrada que vivi, entre a raiva medo de enfrentar um dia a mais entre aquelas paredes. Eu fui buscando fugas, os livros, o silêncio, os games, os heróis dos quadrinhos. Houve um tempo que achei que o metal era só mais isso, mais um refúgio. Mas eu estava errada

Hoje percebo, que o metal foi início da minha própria "Cura", pois entre o escorpião e o touro, eu resisti. 



quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Microconto - A Chroí





Sob um um véu envolta, ela chegou. Um olhar trocado e um toque de dedos entrelaçados. Só... Resta a duvida: Uma noiva à um Rei ou uma salvação talvez?


terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Divulgação - Antologia "Outrora"



Olá a todos!

Hoje não trago a vocês um novo poema, mas uma divulgação. 

Tenho participado publicando contos em Antologias Literárias como forma de divulgar minha escrita para além da poesia e estou hoje divulgando a venda de alguns volumes de uma dessas coletâneas. No livro Outrora de contos distópicos participo como co-autora com a história "Ambuletis" que narra a história de dois irmãos num mundo arrasado por fomes e guerras: Acclinis e Adictis. 

Estou vendendo os exemplares pelo valor de R$21,00 + 8,00 de frete para quem desejar o envio :) As histórias estão muito envolventes e garanto que será uma leitura bastante interessante. Aqueles que desejarem, podem fazer contato comigo pelo facebook: https://www.facebook.com/ida.borchardt ou pelo e-mail: peregrinasilenciosa@gmail.com 


Tenham todos uma ótima semana e aguardo o contato de vocês ;) 
kisses 




Outrora

Contos distópicos

SINOPSE: O sonho de um mundo ideal não existe mais. Outrora, instaurou-se o caos, desencadeado pela ignorância e pelo mau comportamento humano. O totalitarismo oprime as massas, vigia seus atos e as pune sem misericórdia. Nesse universo distópico, habitam políticos amorais que, explorando a estupidez coletiva, guiam a sociedade à falência de uma história digna e ao abandono da esperança. 
Neste livro, contos de mundos sem cores, sem vida, sem lucidez, farão o leitor refletir sobre a sociedade em que vivemos. Depois de ler OUTRORA, você se dará conta de que sua vida simples e cotidiana é uma dádiva almejada por muitos, mas conquistada por poucos.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Sorrateira indecisão


Vens, veloz como o vento e vais, vagarosamente como as nuvens,
não  mais o contrário.
Meu coração já não aguenta mais essa tua indecisão: 
estás comigo ou não?
essa tua contradição em decidir se me queres
 ou não já virou uma estação.

Afinal, quando vens, age como uma tempestade,
 abalando tudo com sua passagem
Mas jamais me permite aproveitar da calmaria, 
só enfrentar a contrariedade.
De certo acabaras por perceber, que uma hora 
também posso retribuir com nevasca
à frieza com que retorna minha atenção. 



segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Interprete da condolência


Vã fera com coração ardente
Cheia de fúria e aflição
Mulher menina fria e fugaz
Porque rompem tuas couraças
do átrio congelado ao peito
das feições redesenhadas a esmo

No ébrio romper dos justos
Para com os amantes e loucos
Rebeldes e inconstantes
Furiosos e dissonantes
Arpegios da melodia cadente
De toda canção repelida,
De toda memoria infligida

Despertas do engano crescente
Da máscara de duas faces eloquente
Ser em danação que confunde e faz
Perder-se a real pulsação ,
Tal como fica  acerelado o coração
O ar que fica mais raso em sua na menção
Partes sem demora as quaisquer confins.

Na couraça que reforjo e estabeleço
Como donzela repelida, me encerro
Decidindo-me por optar por outro manto
Não mais ovelha, lobo volto a ser
E assim, no correr das horas altas
Sussurrando as estrelas em constatação
Devasta-me ou devoro-te, ser sem afeição.