sábado, 27 de agosto de 2016

A meia noite, a última dança.

Ao som do badalar de sinos que cruzam a noite espectral, casais rodopiam em um rondo alegre, com passos em ritmo de contentamento.

Na amplitude do mar de futilidade e ostentação, a assassina avança vagarosa, arrastando entre seda e perolas sua missão final. Um punhal, um golpe, uma vida.

Ao seu trono, sua presa. O robusto Rei as gargalhadas, bebe seu vinho e enaltece sua nobreza. Aos olhos da facínora jovem, um rufião usufruindo na pobreza de seu povo. Comemorando em meio ao desespero e fome alheios.



Enviada ao castelo com um punhal e Rei para liquidar, a pequena harpia tece o enredo final antes desta vida se despedir com honra e êxito. Após anos vivendo naquela masmorra, atada na escuridão e frieza da pedra e metal, ela vê seu trunfo e destino a virar taças e vangloriar-se. Um tirano que explora seu povo que deve cair. E as lembranças do dia vivido, voltam, com a proximidade do final deste capitulo


continua...