segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Olá amigos e visitantes!

Há alguns meses atrás tive a incrível oportunidade de participar da publicação de uma coletânea de contos com temática medieval pela Editora Andross, com meu conto "Do Despertar ao Desespero".

O resultado dessa Antologia, o livro "Além das Cruzadas", tornou-se um dos meus livros preferidos tamanha a qualidade de todos os contos publicados e da beleza das narrativas encontradas ali.
Atualmente, estou com algumas cópias do livro para venda e assim, estou anunciando aqui para saber se alguém possui interesse em adquiri-lo. Aos interessados, façam contato comigo por e-mail ^^ no peregrinasilenciosa@gmail.com



Além das Cruzadas: Contos sobre a era medieval

SINOPSE: Antigamente bardos difundiam a história de seu povo em poemas musicados em alaúdes. Por intermédio de suas obras, conhecemos hoje histórias de guerreiros de terras longínquas, amores proibidos entre nobreza e plebeus, a tristeza da Peste Negra e as dores da Santa Inquisição. Mas também conhecemos histórias mágicas, como a do jovem que se tornou rei por tirar uma espada da pedra, ou de criaturas encantadas que cospem fogo. Em "Além das Cruzadas", bardos modernos lançam novos olhares na Era das Trevas, mesclando a Idade Média real com a imaginária.
Valor: 22,00 + frete 


sábado, 22 de agosto de 2015

Fala a poeta apaixonada à vela que se desfaz

Vós que conheceis as beiradas da minha alma
como pode afirmar que conheces o que a define?
Veja-a como uma vela, composta de cera e pavio: duas partes para uma unidade
Assim, como evidentemente pode falar do seu calor ou do seu brilho
quando só flertou com a gotas derretidas que pendiam dela
consumidas pelo calor do seu queimar?
Acabará por queimar-se ao tocá-las sem cuidado.

Como podes delinear os contornos de meus valores, quando tão pouco tem noção dos seus
Achas que pode, delimitar uma postura ao qual eu deva viver, de acordo com seus parâmetros?
Sou carne, sangue, experiências, sonhos: Força viva.
Teus dizeres e noções são somente seus
acordo e vivo, escrevo e re-escrevo: meu agora e meu amanhã
não em concomitância com os seus desejos: e sim, absorvendo o que me move e motiva

Vejo-me sim, como uma frágil chama diante de uma ventania a ponto de apagar-se
Porém, em pé diante das águas e correntes dos acontecimentos
permaneço, um dia a mais, horas prostrada, horas cansada
contudo sempre capaz de levantar-me, braços dados ou não
mãos entrelaçadas ou solitárias

Já disse eu, no passado, que somente passava a tela branco
 as palavras que incomodavam a minha mente, 
quando em verdade, a muito percebi: escrevo porque o instante existe,
porque a agonia irrompe e dilacera meus pensamentos, 
escrevo porque é possível viver com a dor de coração despedaçado

escrevo porque sou poeta
e um dia a mais que escrevo, cria um dia a mais para mim
quando deixo ir através do lápis
o que não pertence a minha unidade

sábado, 15 de agosto de 2015

Nada obstante

Herói destruído, 
As lágrimas que você erroneamente tentou ocultar 
Foram as correntes que evidentemente te libertaram 
Destronado, caído.
Suportas o peso da espada
mas não a partida da donzela envolta em linho.
Já notaras tua própria duplicidade não eloquente 
Ao memorizastes os tons do cetim daquelas vestes
O modo sútil que a linha entrelaçava-se a renda
O vermelho carmim contra o marfim 
Quando encontras o caminho para o fecho entrelaçado
ou expressas-se adulador e verboso
Contudo, não consegues manter um coração ao seu lado?

domingo, 9 de agosto de 2015

Ritos de passagem

A sílaba que precede a palavra é o momento da hesitação
o fragmento de tempo-espaço onde constrói-se a ideia,
onde formulamos e sintetizamos o que está se virando em nosso interior
A sílaba que precede a palavra é a ansiedade do nascer da frase

Então, resta a poeta clamar: Escrevamos!
estamos só de passagem nessa faceta temporal que nomeamos "realidade"
Faz-se necessário não só contemplar o papel em branco:
O rito de passagem é percorrer a linha a ser preenchida e ver ali, as palavras nascerem

Eleva teu espirito em contento,
transponha essas paredes cinzentas do seu mofado reduto
Hora de não mais ignorar essa pilha rascunhos amassados, não devidamente terminados
Ouça o chamado das suas  personas que se retorcem: Libertas o teu poeta confinado

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Como é possível um brinde a sós?

Me abrace agora,
não depois, não quando ninguém estiver olhando 
Não quando for comodo para você:
Eu desejo este abraço agora, então venha...

Sabe, está tão frio aqui,
A questão é, se o frio está lá fora ou aqui dentro de mim
Boa pergunta, .persistente interrogação
Mas sabe de algo? só me pegue e me leve
É bom viver um pouco sem tanta moderação

7 dias pisando em cacos, 
tanta distância e fachada
Se eu não te tocar agora, qual a razão para tanta expectativa?
Como posso ansiar por tanto e só receber migalhas...

Entrelaça essa fria mão sozinha com a minha
feche teus braços em torno deste franzino tronco
me beije um pouco mais e não um pouco menos
Estou fatigada dessa escassez em pares
como pode dois, não gerar o calor nem para um?

Quero me embriagar nessa tua pele, 
amassar cabelos e lençóis
despir-me de zelos e precauções 
momentaneamente,
eu desejo um eterno em um fragmento de minutos com você

Quero algo que me amplie e não que me limite
Então toma essa boca que te chama
Traga o teu melhor sorriso e presença
Este é um brinde há duas almas solitárias que se encontram.