Ao som do badalar de sinos que cruzam a
noite espectral, casais rodopiam em um rondo alegre, com passos em ritmo de
contentamento.
Na amplitude do mar de futilidade e
ostentação, a assassina avança vagarosa, arrastando entre seda e perolas sua
missão final. Um punhal, um golpe, uma vida.
Ao seu trono, sua presa. O robusto Rei as
gargalhadas, bebe seu vinho e enaltece sua nobreza. Aos olhos da facínora
jovem, um rufião usufruindo na pobreza de seu povo. Comemorando em meio ao
desespero e fome alheios.
Enviada ao castelo com um punhal e Rei para
liquidar, a pequena harpia tece o enredo final antes desta vida se despedir com
honra e êxito. Após anos vivendo naquela masmorra, atada na escuridão e frieza
da pedra e metal, ela vê seu trunfo e destino a virar taças e vangloriar-se. Um
tirano que explora seu povo que deve cair. E as lembranças do dia vivido,
voltam, com a proximidade do final deste capitulo
continua...
Nenhum comentário:
Postar um comentário