segunda-feira, 5 de junho de 2017

Onde o medo vira coragem

Desde a metade do ano passado uma vontade poderosa estava emergindo em mim,
uma ânsia, uma força que me impelia a querer algo além do que eu tinha. E eu não entendia.
Não dava pra ter certeza do que estava acontecendo, só sabia que algo me incomodava e muito.
Ai coisas ruins aconteceram, em sequencia. E aquela vontade virou angústia, aperto no peito
meu corpo respondeu adoecendo, minha mente ficando confusa, o choro brotava fácil. 
E quando tudo estava se desenrolando e mais ou menos entrando em ordem, no inicio desse ano uma coisa muito ruim aconteceu. Eu fui vitima de algo que aos poucos estou contando, mas que nem todo mundo saberá. 
 Pensei me matar, Acabar com tudo. Desistir. Eu tive sorte, eu fui salva. Eu vivi e obtive apoio. 
Comecei tratamento com um profissional, todos os dias ao longo de semanas. Fiz exames, tive conversas. E no meio desse caos, aquela vontade que ficou nublada entre tanta coisa pesada, foi ressurgindo aos poucos. 
_____ O que você quer? ___ O que você fará por você? _____ Por quanto tempo você estará onde não se sente bem?

Perguntas e perguntas. Para além da "Ida irmã" que resolvia todos os problemas da casa. Ou da "Ida filha" que não sabia como construir uma ponte até o pai que sempre a tratava de forma ácida. 
E eu pode ver claramente e sentir. O caminho para fora de onde estava. A vontade de ir além que eu havia ignorado. Sair de onde eu havia me aprisionado. Deixar o medo fluir e as coisas acontecerem, 

Como se começa algo assim? sabendo para onde se deve ir. Confesso que eu não tenho a menor ideia de onde vou chegar com meus estudos, aulas, dança e bla bla bla. Porém uma resposta, um esboço de um cenário eu meio que já havia rascunhado entre as conversas que havia tido: eu queria um lar pra mim, um espaço meu. Não que minha antiga casa não o fosse.. mas ai tem uma carga antiga e sofrida que por hora, quero deixar pra lá. Ansiava por um outro lugar: outro teto, outras paredes e ares. 

Estamos aqui, eu, meu gato esquilo e um punhado de coragem. Casa nova, quarto arejado, uma amiga na porta ao lado. E vamos seguindo, ver no que vai dar

Vai que final, a resposta não estava só escondida em uma quina qualquer desse novo ponto de vista 




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