sábado, 7 de março de 2015

Deixas-te ir

Tu fostes o precipício em que penetrei
buscando aconchego e respostas
Me aprisionas-te nos grilhões da acomodação
Suprimiu meu real eu..

Você, capaz de manipular minha dor e converter em ardor desejo,
Mas sem jamais entregar a essência do teu coração
Como poderia eu, agora, permitir-me encantar com os sussurros que me tentam a neblina,
quando percebo a necessidade da afirmação,

Como seria capaz de novamente, ser arrastada pelo vendaval de vãs palavras
Quando sinto que não mergulhas o mesmo abismo que eu,
Agora, me contemplo diante do espelho e rejeito as vazias promessas de paixão que seus olhos
e lembranças me conduzem...

Nesse momento, somente neste, sinto a instigante necessidade de desfazer o encanto e entender:
Eu jamais te amei, pois tu nunca me amaste de volta.
E sem a contrapartida não há caminho a seguir, então é chegada a hora
De deixas-te ir.

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