domingo, 8 de março de 2015

Felicidade Relativa


Se todos fossemos capazes de refletir e transcrever em palavras tudo o que evoca a sensação de felicidade em si, seriamos todos poetas. Entretanto, a superficial sociedade ainda não entende o mundo sob o prisma da alma, fora dos padrões de compra e venda de sonhos. De relativação e subversão da arte como sentir-se vivo, incomodar-se na sutileza do ser.

Penso eu nos diversos reflexos e concepções que cada homem ou mulher, carregam entranhados em si, sobre o sentir-se feliz diante de algo ou diante de nada...
Alguns encontrarão a felicidade, em um copo de uma bebida, refletido na luz que cintila no gelo sob o vidro. Outros, terão uma leva fragrância de sua passagem, ao visualizar a face de quem amam entre rostos desconhecidos.  Ou até mesmo, um certo valor a mais na conta bancária, afim de de arcar com mais alguma dívida... E assim, vão encontrando felicidade, ainda que ela não traga precisamente um riso consigo.


Quanto a mim, nada me resta a não ser, aguardar o passar do dia e prosseguir esperando... um sorriso sincero, um abraço acolhedor, uma pequena vitória, uma refeição tranquila.. algum motivo para persistir e esquecer a frustração e o cansaço, de mais uma semana cheia de rotina, afugentadora, opressora e enfraquecedora... Assim sendo, vamos todos vivendo, vamos todos aos poucos morrendo... Tudo ao mesmo tempo e agora.

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