domingo, 29 de novembro de 2015

Enfeitiçada


É preciso cantar
revelar a cantiga não mais entoada
sobre um amor não concretizado
perdido e amaldiçoado no tempo
ainda emoldurada nos carvalhos do passado


Sob o véu,
de gazela a donzela
a vestal corre pela mata
encantada e fadada
distante dos olhos afoitos
A seguir solitária até o findar dos dias


Tida como presa,
flechada em uma caçada
Ao cavaleiro errante afeiçoado 
a batalhas prazeres 
revelou-se tua dúbia face


Ao falastrão sanguinário, 
consternado por beleza e magia
caiu-se apaixonado, o ímpio desonrado
e tomado de encanto e afeição, 
à ela entregou teu coração de imediato


Mas as árvores gargalharam
e o vento soprou vigorosamente
tamanha a audácia do guerreiro
e em meio a tempestade subjugado
Esgueirou-se a donzela a escapar











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