Lá fora as nuvens persistem
encobrindo o sorriso da minha alma
enquanto sigo chorando lágrimas de cura
em meu quarto de desolação e fúria
mescladas em orações e profanações
abraço meus joelhos eu canto
clamando findar dos meus dias nebulosos
Perdida nessa desolação que me imponho
sem saber como me libertar de tantos nós
percorro minha pele com os dedos
tracejando um caminho para luz e paz
para que das cinzas do meu espírito
possa ressurgir mais forte, mais nítida
com minha voz e corpo entrelaçados
aos meus sonhos encantados
eu me refaço em canções e espera
por dias de flores e amores
e um novo eu, diante do espelho, refletida
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