domingo, 27 de dezembro de 2015

Essere a portata di mano

Não me pressione, pois eu vivo contemplando o abismo e domando a tempestade. 
Não farei nada fora do tempo certo, seguirei as correntes do momento.
Um passo de cada vez, é isto de que preciso. 
Ainda busco minhas flores e meus agoras e amanhãs, mas há um tempo certo para isto. 

Cativa-me e, talvez, possamos olhar na mesma direção em algum momento
Se partes, não me esperes. Não tenho vocação para seguir em vão
se me chamas, com zelo e alento, talvez eu te busque, talvez não
Sou imensidão, chama e rompante: desolação e fúria, riso e pranto

Toca-me com sinceridade e vigor, sem receio ou culpa
só venha e fale, fujas e acabará por hora: me encontre 
Nós, versados em corpos que nunca nos pertenceram 
seguimos atados, solitários, cada qual em lado. Ainda separados 




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