Essa postagem é feita de fragmentos que li ao longo da noite em meu facebook
com minhas próprias reflexões
e é em partes, meu manifesto com a ascensão de um fascista ao poder
Estou com medo
muito medo
temo pela noite que cai hoje
pelo amanhecer e passar dos dias
Mas não estou sozinha
me vi na garota carregando um livro
indo votar hoje na rua
na mulher que eu sei que é professora
que me cumprimentou na fila
ao ver meu próprio protesto
na camisa escrita "educadora"
no adesivo e no livro que eu portava
vi em cada postagem de esperança
antes e depois da nossa "derrota"
me vi nas mensagens de apoio
nos textos e nas musicas
eu me vi na resistência
e tenho orgulho das pessoas
nas "trincheiras" ao meu lado
Hoje um pedaço de mim morreu
um pedaço da minha nação se perdeu
Você que está lendo isso agora
pode não sentir o mesmo
mas as pessoas que eu mais amo
estão com medo
eu estou com medo
mas estamos juntos
e somos MUITOS
hoje foi escrito
em lágrimas e no sangue que já caiu
em nome desse candidato
que só o ódio semeia
ninguém soltara a mão de ninguém
juntos, resistiremos a tempestade
domingo, 28 de outubro de 2018
terça-feira, 23 de outubro de 2018
Meu próprio muro
Hoje eu fiz uma prece ao universo, implorando para não colocar ninguém em meu caminho.
Estou cansada de brincarem com meus sentimentos, não se importarem com minhas dores
Estou ferida. Todos partem e no final, fico sozinha me sentindo largada. Sem valor.
Hoje eu chorei sozinha, de raiva, de magoa. E finalmente aprendi que devo construir um muro em mim. Uma barreira que impeça todos de se aproximar.
É chegada a hora de suturar esses cortes recém abertos e aprender de uma vez
que ninguém se importa em como me sinto
e que não vou deixar mais ninguém se aproximar
não tenho mais vontade de confiar
não tenho mais vontade de ninguém gostar
e mais do isso, tenho profunda raiva e frustração pelos sentimentos que eu alimentei
pelas pessoas que eu erroneamente deixei me tocarem, em corpo e alma
um babaca será sempre um babaca
antes, agora e no futuro.
e eu sou uma burra completa por achar que seria diferente, mesmo anos depois.
Estou cansada de brincarem com meus sentimentos, não se importarem com minhas dores
Estou ferida. Todos partem e no final, fico sozinha me sentindo largada. Sem valor.
Hoje eu chorei sozinha, de raiva, de magoa. E finalmente aprendi que devo construir um muro em mim. Uma barreira que impeça todos de se aproximar.
É chegada a hora de suturar esses cortes recém abertos e aprender de uma vez
que ninguém se importa em como me sinto
e que não vou deixar mais ninguém se aproximar
não tenho mais vontade de confiar
não tenho mais vontade de ninguém gostar
e mais do isso, tenho profunda raiva e frustração pelos sentimentos que eu alimentei
pelas pessoas que eu erroneamente deixei me tocarem, em corpo e alma
um babaca será sempre um babaca
antes, agora e no futuro.
e eu sou uma burra completa por achar que seria diferente, mesmo anos depois.
quinta-feira, 18 de outubro de 2018
Meu novo livro e uma nova poesia para vocês
Não tenho postado muitas coisas aqui além de poesias
Ponho a culpa na minha rotina cheia, que me ocupa corpo e mente totalmente
percebi que nesse vai e vem, não cheguei a fazer aqui uma postagem oficial sobre meu novo livro
então decidi tirar a noite de hoje para isso
No início do ano submeti um novo projeto na Lei de Incentivo a Cultura do meu município, Cariacica. Este projeto se chamava "No limiar da Aurora", meu novo livro de poesias.
Para minha grande alegria, fui aprovada e desde então, tenho trabalhado nas etapas de edição dessa obra.
Abaixo divulgo para vocês a capa desta minha nova viagem pela poesia e o poema título deste livro.
Ponho a culpa na minha rotina cheia, que me ocupa corpo e mente totalmente
percebi que nesse vai e vem, não cheguei a fazer aqui uma postagem oficial sobre meu novo livro
então decidi tirar a noite de hoje para isso
No início do ano submeti um novo projeto na Lei de Incentivo a Cultura do meu município, Cariacica. Este projeto se chamava "No limiar da Aurora", meu novo livro de poesias.
Para minha grande alegria, fui aprovada e desde então, tenho trabalhado nas etapas de edição dessa obra.
Abaixo divulgo para vocês a capa desta minha nova viagem pela poesia e o poema título deste livro.
No limiar da Aurora
Sou uma nau em viagem
Atravessando um mar em revelia
Onde sinto ecoar ondas que quebram
Nos versos em que me banho em esmero
Atravessando um mar em revelia
Onde sinto ecoar ondas que quebram
Nos versos em que me banho em esmero
Por vezes as velas cessam
E à deriva a embarcação fica
Ou a tormenta enfim vibra
Me enlaçando em tempestade
E à deriva a embarcação fica
Ou a tormenta enfim vibra
Me enlaçando em tempestade
Há os ventos que me arrastam
Me destroçam e arrasam
Mas há os que me erguem, inflam
Como um mastro que iça a uma vela
Me destroçam e arrasam
Mas há os que me erguem, inflam
Como um mastro que iça a uma vela
Dos mares revoltos a calmaria
Aos braços em meu entorno, me guia
Com lábios e risos a fazer companhia
Vivaz é a memória do que sentirás um dia
Aos braços em meu entorno, me guia
Com lábios e risos a fazer companhia
Vivaz é a memória do que sentirás um dia
Daqui até o limiar da aurora
Para além da física calamidade
Aporto onde meus sonhos fazem morada
onde nasço com o sol e me ponho com as estrelas
Para além da física calamidade
Aporto onde meus sonhos fazem morada
onde nasço com o sol e me ponho com as estrelas
Esses ventos que me levam
Que me carregam por esse caminho
São o sopro que me lança
Com o qual o destino, enfim, me alcança
Que me carregam por esse caminho
São o sopro que me lança
Com o qual o destino, enfim, me alcança
Ida Borchardt
domingo, 7 de outubro de 2018
Minha resistência
Escolhi o giz e quadro negro
antes do pincel e lousa branca chegarem
escolhi a frente da turma
descobri que o dar aula
ia além de um livro ou palavras soltas
tinha haver com escolhas
com o abraçar coisas
como o ministrar para o hoje
sobre o ontem, agora e o amanhã
Eu escolhi sabendo dos percalços
o trabalho extra em casa
a reflexão constante sobre minhas aulas
os livros empilhados no canto do quarto
o testar, pesquisar, recriar-se
fazer errado, tentar, encontrar o certo
replicar, copiar, refazer, não parar
descobri a beleza do ensinar
Eu me vi, me transformando
questionando, mudando
das piadas infames deixadas para trás
ao olhar crítico permanente
desde uma lauda a uma imagem
escolhi os olhos brilhando dos meus alunos
ao aprender algo novo, escolhi suas risadas
e mesmo ao ser enfrentada, mesmo cansada
continuo a escolher a sala de aula
Eu me vejo na resistência
como todo educador deve ser
não sou a provedora de luz
para aqueles que não tem
me vejo como um farol a apontar
mares ainda a serem desbravados
transcrevo mapas de solos
ainda por eles intocados
trago letras, poesia, música e versos
E nesse caos contemporâneo
onde professores são massacrados
como vagabundos rotulados
me manifesto, me ergo e grito
eu existo, aqui permaneço
pois essa onda de ódio
não irá me silenciar
escolhi a roda, o livro, a voz
ser da luta sempre
Sou cor, arte, Paulo Freire
sou ritmo, congo, educação
pertenço as trincheiras
das minorias sou escudo
sou parte, sou gente
sou canto, coro, canção
sou uma colcha de retalhos
professora feita parte a parte
e assim, ficarei de pé, com meus irmãos
antes do pincel e lousa branca chegarem
escolhi a frente da turma
descobri que o dar aula
ia além de um livro ou palavras soltas
tinha haver com escolhas
com o abraçar coisas
como o ministrar para o hoje
sobre o ontem, agora e o amanhã
Eu escolhi sabendo dos percalços
o trabalho extra em casa
a reflexão constante sobre minhas aulas
os livros empilhados no canto do quarto
o testar, pesquisar, recriar-se
fazer errado, tentar, encontrar o certo
replicar, copiar, refazer, não parar
descobri a beleza do ensinar
Eu me vi, me transformando
questionando, mudando
das piadas infames deixadas para trás
ao olhar crítico permanente
desde uma lauda a uma imagem
escolhi os olhos brilhando dos meus alunos
ao aprender algo novo, escolhi suas risadas
e mesmo ao ser enfrentada, mesmo cansada
continuo a escolher a sala de aula
Eu me vejo na resistência
como todo educador deve ser
não sou a provedora de luz
para aqueles que não tem
me vejo como um farol a apontar
mares ainda a serem desbravados
transcrevo mapas de solos
ainda por eles intocados
trago letras, poesia, música e versos
E nesse caos contemporâneo
onde professores são massacrados
como vagabundos rotulados
me manifesto, me ergo e grito
eu existo, aqui permaneço
pois essa onda de ódio
não irá me silenciar
escolhi a roda, o livro, a voz
ser da luta sempre
Sou cor, arte, Paulo Freire
sou ritmo, congo, educação
pertenço as trincheiras
das minorias sou escudo
sou parte, sou gente
sou canto, coro, canção
sou uma colcha de retalhos
professora feita parte a parte
e assim, ficarei de pé, com meus irmãos
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