sábado, 16 de maio de 2015

Encantada

Donzela encantada, 
corra pelos prados, para além das montanhas nubladas.. 
O cavaleiro segue em teu encalço, prostrado em furor, 
banido dos castelos e festejos, o amaldiçoastes com o pior dos males ao guerreiro:
o arrastastes ao covil do amor

Vestal, presa em pele de gazela, encantastes ao mortal fragilizado
fizestes o sucumbir e perder-se em sua magia original
para o abandonar precito, aos prantos apaixonado
sacerdotisa do mar verde, olhai para trás e veja-o galgar a estrada em caçada
com a espada em punho e o coração lacerado, a te buscar

O seu escudo quebrou-se em batalha, seu mestre já não o convoca mais aos salões...
Agora ele  chora, desolado, pois a donzela que o consumiu em fascinação
renegastes os sentimentos, que ele entregou em devoção
E o cavaleiro outrora mortal, ainda cruza os rios, florestas e canções... 
atrás da sua sacerdotisa gazela 
e assim permanecerá... 
preso ao encanto... 
atado ao afeto perdido...
 apaixonado e destruído.



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