quinta-feira, 14 de maio de 2015

Nublado

Um rosa secou em minha penteadeira, 
dentro de um jarro, ao lado da minha cama.
Um rosa que outrora foi uma prenda, que erroneamente pensei tratar-se de um laço:
quando nada fora além de só mais uma distração, falsa.


Ao lado das pétalas caídas, desfolhadas e jogada entre meus cristais e conchas
Uma caixinha de música, ainda toca, quando chamada,  de corda em corda, 
traz uma canção:, doce e que me apaixona, que me apaixonou 
um piano que clama por sua elise...
Mas só outra lembrança perdida, só repleta de um pouco mais de carinho.

E entre a flor, a caixinha... um livro na estante, um parasol na gaveta
e uma associação de recordações que me expõe a uma sucessão de finais
mescla de zelo, cuidado, sorriso, pranto e conclusões
depois, sucessão de silêncio e algo sem nome, frio ou morno, sem importância mais



Sincrônicos pensamentos, adornados por este tal de lascivo inverno 
que só me tenta a repousar, 
pois me diga..onde eu pertenço agora? que não tão somente o espaço vazio 
entre os dois braços de algum amigo...
Apesar de que hoje, só terei mesmo ao meu carregador de areia, que talvez me de algo, quando o cansaço me levar...






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