sábado, 31 de outubro de 2015

Aos poetas e à poesia

Hoje a poeta não versa, não casa rimas e contrapontos. 
Hoje a poeta não poetiza, enfeitiça ou enaltece.
Hoje a poeta fala da sua força, do que nasce de sua inspiração e brincando com as palavras. 

Falarei dos vários poetas, heróis silenciosos de uma realidade que se autodestrói. Daqueles que vêm linhas invisíveis a serem preenchidas no firmamento encantado.  Trechos que se amam e encontram na mente de quem escreve para si e ao mesmo tempo, à todos. 

Falemos dos poetas, que eventualmente perdem-se no corredor das suas mentes ao bailar com sensações e verbos. Dos que conjugam o eu, o seu e o nosso. Harmonizando e jogando com o que pensamentos estar escrito e o que oculta-se nas entrelinhas. 

Falemos da poesia, que nutre e sacia, que nos une e embala. Porque enquanto encontrares um lugar seguro e aconchegante no corpo de um poema ou na estrofe que acabas de ler, outro em alguma parte qualquer também encontra. E assim permanente nos mantemos, nos encontrando num espaço real, criado em nossas mentes e compartilhado em nossos sonhos de leitura. 

E aqui, fica a poeta a refletir. Será que fora dessas linhas sou realmente real? ou só existo porque consigo passar ao papel o que nasce inconstantemente em mim?

Afinal, é o poeta que compõe a poesia ou ela que o conduz?
Nascemos e vivemos hoje pelo poema e nele, faremos morada e porto seguro. 
Aos poetas e aos leitores. Bem vindos ao lar. 



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