Tolo é aquele que busca saciar sua sede em um poço estéril
onde a terra a sua volta já não floresce
onde a água já não flui ou preenche as mãos que a buscam
só corações frios, outrora pulsantes
que afogam-se e se calam diante de um fundo turvo
Aproxima-se ludibriado
certo espírito sedento
e ao ver a ilusória taça de afeto ofertada
logrado seguindo a quimera ao poço árido,
sem esmero ou estima
prontamente enfeitiçado
Boca seca, verso curto
sem grande ânimo ou contento
no limiar tímido do silêncio
onde irrompem-se as gargalhadas
no vazio onde a bruxa perdeu tua ternura
Agora repouso e escrevo,
na cavidade em pedra e fundura
e as palavras dela ainda ressoam
junto ao feitiço da minha ardilosa quimera
astuciosa fora ela
que aqui me deixastes e partiu enaltecida?
ou perdeu-se tanto a ponto de eternamente inverídica se tornar?
Nenhum comentário:
Postar um comentário