Na noite que vai alcançando seu ápice
na semana que vai convertendo-se
em horas arrastadas, inúteis
colido com a página branca,
limpa e insólita
e vem surgindo...
tal ânsia involuntária,
o revirar de sensações estranhas
vertendo-se a ansiedade revolta
do não escrever ou padecer no ócio
salvar-me do conflito indecoroso
do verso não começado
da revolta perceptiva em torno
do parágrafo incompleto
nesse diálogo mudo e imperativo,
Escrever para sentir,
onde já não me alcançam mais
escrever para salvar-me
do que me fere pontualmente
no plano irreal
do nada dizer e tudo emergir
Nenhum comentário:
Postar um comentário