sábado, 9 de janeiro de 2016

A complexidade do coração que bate

O que nós somos
se não microuniversos em expansão 
massas intensas e fervorosas de sensações
sentimentos, experiências e contradições
valores atados a nossa alma, constantemente
postos em provação - tal como nossa sanidade


O que nós sabemos 

se não que tão somente somos dúvida e vontade
mescla de ânsia de ir e ao mesmo tempo ficar
se pertencer e não pertencer, a algo ou alguém
ao acaso, nós entregamos ao destino e discordamos
da crença em ser, em alcançar, em construir


O que não encontramos

nesse oceano de estrelas e astros dentro de nós
são nossos reais sentimentos - abandonados a esmo
presos a unilateralidade da confiança que somos
o suficiente... ledo engano fatal de mais uma alma 
corrompida por um excesso pouco eloquente de si.


Presos estamos 

a ignorância que antes de expandir-se ao céus
a todos os lados, extremos e superfícies
é preciso conhecer a fragilidade em seu interior
 não para nós preenchermos de mais 
de nós mesmos - mas encontrar o que nós mantém.


Por enquanto seguiremos

não menos confusos como outrora, 
ou receosos, por jamais alcançar o suficiente de algo
mas conscientes do medo, da tempestade que cai lá fora
ouvir o som da chuva e não tremer mais com os trovões
e só seguir, como a água que escorre pelo vidro e nada mais,







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