criatura da noite e dia, elegante fera comedida
arisca, em caçada está, ao verão que começa já
Na presa que busca, aprimora tua investida
a mover teu corpo sinuoso, cerca tua presa viva
infere e salta, arremete, submete e recolhe
No frio que se ergue, nasce e regouga o filhote
a cria que nasce antes do verde florescer
a família recém unida, protegida na toca escondida
E quando a primavera desperta ao jovem ser
ainda pequena raposa, segue teu transformar-se
para teu reduto deixar e sob sol, em breve caçar
Sozinha agora, o outrora protegido animal
aos teus pais irá deixar e seu caminho trilhará
pois a neve cai lá fora, e a família agora, se desfaz.
És assim, somente uma predadora solitária,
unida brevemente a outro para nova vida trazer?
ou é natureza mostrando-nos livres para seguir outra vez?
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