segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Sob os pés de Bronze

Aqui nas florestas do monte Cerineu
mal tocando o solo, corre sem exitar
Minha bela corça dos pés de bronze 
velozmente avança sem ninguém a tocar


Esguia criatura dos chifres dourados

ninguém jamais irá a afugentar
Bela serva a mim consagrada 
da minha morada da Lua sempre vigiada


No templo do sol lhe dei morada e zelo

sob a mira do arco que ergo em apelo
deslizando mal tocando o solo, assustada
novamente acuada pelo infame filho de Zeus


Por sua afronta e desalento, fora subjugado

e a doze tarefas amargas, condenado
agora persegue meu animal encantado
buscando a redenção do antigo assassinato


Incansavelmente, a corça  fugiu sem cansar

e por um ano,  Hércules  a viu dele escapar
pelas terras helenas, disparava sob os cascos
e indo além das montanhas a retumbar 


Mas já exausta de grande caça, reduto ela buscou

minha corça nas águas do Rio Ladão tombou
ferida por uma flecha que enfim a alvejou
E sob seus ombros,brevemente a carregou


"Tua impertinência é inaceitável, Oh filho de um deus! 

pensas que este cervo é algo banal e não sagrado? 
Liberte a minha Taígete, minha bela amiga
que por teu pai, outrora,  já muito ferida e perseguida"


Atordoado com minha interrupção, paralisado ficou

interrompendo teu passo largo, ele à mim se curvou
e cheio de respeito e prontamente designado
tua história de tristezas e conquistas me narrou


A mim, Deusa Caçadora, um pedido foi feito

ao Palácio de Micenas vivo o animal será levado
e depois que fosse visto, por ele libertado 
 ao seu reduto na Arcádia, retomado, 


Sob a benevolência dos céus que guiam

e o olhar vigilante do meu irmão que me clama
ao homem prostrado, com piedade o acolhi
 e para sua campanha, o observei partir


E para o abobada celeste. voltei para descansar

No meu leito virginal, as estrelas contemplar
porque no brilho do céu noturno em breve
com um certa antiga ninfa, irei reencontrar

















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